Curimataú e SeridóDestaques

Quinta noite do novenário em Frei Martinho é marcada por Missa presidida por Dom Dulcênio

A quinta noite do novenário em honra à Padroeira Nossa Senhora da Guia, celebrado pela comunidade de Frei Martinho-PB, foi marcada por um momento de fé e comunhão. A celebração aconteceu nesta terça-feira, 09 de setembro, e contou com a presença do Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, que presidiu a Santa Missa. Ele foi recepcionado pela banda Filarmônica 26 de Dezembro

A comunidade, que pertence à Paróquia de São Sebastião de Picuí-PB, vive intensamente os festejos, iniciados no dia 05 de setembro e que seguem até o dia 14. Durante a celebração, o Bispo foi acolhido pelo Pároco local, Padre Claudeci, pelo seminarista Miguel Rocha — que realiza seu estágio pastoral — e por um grande número de devotos que se reuniram para celebrar e prestar homenagens à Padroeira da comunidade.

A noite foi marcada por orações, cânticos e manifestações de devoção à Nossa Senhora da Guia, reforçando o espírito religioso que envolve toda a programação do novenário.

Homilia

A homilia de Dom Dulcênio destacou a Sabedoria como expressão da vontade de Deus. Mesmo sem mencionar Deus diretamente, o Livro dos Provérbios mostra que a Sabedoria é um dom divino, acessível a quem busca viver com justiça e amor. Encontrá-la é mais que adquirir conhecimento — é se abrir ao agir de Deus em nossa vida.

“A oferta da Sabedoria é feita como um relacionamento pessoal de amor. Como vemos, o que foi lido não faz nenhuma menção direta a Deus, mas as comparações meramente abstratas com o ouro e a riqueza dificilmente fazem justiça ao entendimento da promessa feita de que a Sabedoria ama os que amam e será encontrada por todos que a procuram”, destacou inicialmente.

No evangelho, Jesus amplia o conceito de família: não basta ser parente de sangue, é preciso fazer a vontade do Pai. Com isso, Ele mostra que a verdadeira comunhão com Ele acontece por meio da fé e do seguimento. Maria é o exemplo maior: disse “sim” a Deus em todos os momentos, mesmo sem entender tudo.

“Jesus está entre os discípulos, falando para uma multidão. De repente, alguém anuncia que sua mãe e seus irmãos estão lá fora, querendo falar com ele. A atitude de Jesus não é de rejeição de sua família, mas de ampliar seus laços familiares a todos aqueles que comungarem com ele. Quem fizer a vontade de Deus, isto é, quem usar da sabedoria, segui-lo e testemunhá-lo se tornará também membro da sua família”, pregou.

Estar “fora” de Jesus simboliza viver longe de seus ensinamentos. Já estar “dentro” é viver em sintonia com a Palavra. Quem faz a vontade de Deus é parte da família espiritual de Jesus. Maria viveu isso intensamente: sua fé a tornou modelo de pertença verdadeira a Deus.

“Outro elemento importante presente neste evangelho é o fato de os parentes de Jesus estarem do lado de fora. O lado de fora significa não estar junto dele, não compactuar com seus ensinamentos, enfim, não comungar com ele. […] Vemos que o critério fundamental para pertencer a Deus é fazer a sua vontade. Pergunto: Neste mundo de humanos, será que houve alguém para fazer a vontade de Deus mais do que Maria a Mãe de Jesus?”.

Por fim, Dom Dulcênio convida os fiéis a confiarem como Maria confiou. Mesmo sem entender tudo, ela se entregou à vontade de Deus com coragem e fé. Fazer a vontade do Pai é caminho de vida plena, mesmo nas dores e provações. Deus sempre nos guia e sustenta.

“Se ainda restar dúvidas sobre qual é a vontade de Deus na nossa vida, o que devemos fazer é nos colocar nas mãos de Deus e, com profunda confiança, deixar que Ele faça em nós a sua vontade, como fez Maria quando não entendeu o que Deus esperava dela. Que cada um de nós tenha essa mesma confiança de Maria e possa fazer a Deus uma entrega total da vida, para que Ele faça em nós a sua vontade”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Local

Botão Voltar ao topo