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Dois projetos do Campus Picuí são finalistas da FEBRACE

O Instituto Federal da Paraíba vai participar da 21ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) que acontecerá de forma presencial em março na Universidade de São Paulo (USP). Dois projetos do Campus Picuí foram selecionados para a etapa final da competição que tem como tema Criatividade e Inovação.

O projeto Gates – Grupo de Apoio Tático Educacional de Suporte Cognitivo -foi desenvolvido pelos estudantes Iara Macedo e Eloá Souto, do Curso Integrado de Edificações, e pelo estudante Júlio Cézar Dantas, do Curso Subsequente de Eletrônica, sob a orientação da professora Dayane Guedes, e coorientação do professor Antônio Carlos Buriti.

Segundo a professora Dayane o projeto tem o objetivo de desenvolver um site interativo que permitirá conectar professores de todo o país, para que possam compartilhar materiais adaptados para alunos que tem transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e dislexia. “A educação tem alcançado essa inclusão que perpassa todas as etapas de ensino. Participar dessa feira é valorizar a pesquisa e a ciência que vem sendo desenvolvida em nosso campus.” disse.

“Nosso projeto pretende trazer materiais didáticos acessíveis a estudantes com TDAH e dislexia para que eles possam tem um melhor rendimento escolar, uma vida melhor, e acabar com o estigma, já que somos muitas vezes chamados de preguiçosos” revela o estudante Júlio Cézar.

O TDAH é um transtorno neurobiológico, com causas genéticas, caracterizado principalmente pela dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade. Segundo dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA) o distúrbio afeta de 3% a 5% das crianças já na idade escolar e 4% da população adulta no Brasil. A dislexia é um transtorno específico de aprendizagem, pode ser identificada mais por dificuldades em memorizar música, trocar letras, palavras e números, de acordo com a ABD.

O outro projeto finalista do Campus Picuí na FEBRACE é o Protótipo de Detecção de Deslizamento de Terra. O trabalho é das estudantes Maria Luísa Brito, do Curso Técnico Integrado de Geologia, e Tayná Almeida, do Curso Técnico Subsequente de Informática, sob a orientação do professor Fernando Costa Gomes.

O projeto é fruto da Chamada Interconecta da PRPIPG, e surgiu a partir da sensibilização pela tragédia de Petrópolis, ano passado na região serrana do Rio de janeiro, quando um deslizamento de terra provocou mortes, e pela tragédia no cânion de Capitólio (MG) quando um desmoronamento de um paredão de pedra atingiu embarcações no Lago de Furnas, ocasionando mortes

O protótipo consiste num icosaedro (um objeto geométrico, uma espécie de bola, formado por 20 faces) com uma esfera metálica no interior ligada por sensores. O conjunto é enterrado no solo e possui um circuito integrado com luzes de led que avisam na superfície se houver movimento de terra, daí é possível avisar as pessoas a abandonarem suas casas em caso de deslizamento, explicou o professor Fernando.

“A FEBRACE é uma experiência maravilhosa, é a maior feira de ciências do Brasil. O interessante principalmente da fase presencial é o protagonismo estudantil, além de promover a igualdade de gênero, porque lugar de mulher também é na pesquisa, o que se comprova com nossas duas participantes do campus” disse.

“É a primeira vez que viajo para um lugar tão longe assim da minha realidade em Picuí, uma sensação de realização e de que conquistei isso com um projeto pelo IFPB. Através dos estudos estou tendo a oportunidade de ter uma experiência totalmente nova na minha vida, uma experiência curricular que levarei para a minha vida” disse a estudante Maria Luísa.

Na etapa final da FEBRACE de 20 a 24 de março, além da mostra dos 200 projetos finalistas, acontecerão na USP palestras e workshops com transmissão pela internet. A lista completa de finalistas e outras informações sobre a feira e os competidores estão disponíveis no link https://febrace.org.br/.

*Texto: Heranir Oliveira- Equipe DGCOM

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