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CRM-PB abre sindicância para apurar cirurgia em perna errada de criança de seis anos

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) informou na manhã desta sexta-feira (26) que está acompanhando de perto o caso da menina de seis anos que foi vítima de erro médico, depois que uma equipe clínica do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande operou a perna errada da paciente. O presidente da entidade, Bruno Leandro de Sousa, determinou a abertura de uma sindicância para “apurar o erro na condução de cirúrgica ortopédica”. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) também abriu uma investigação sobre o caso.

A criança deu entrada na unidade hospitalar para uma cirurgia que tinha como objetivo tratar de um quadro clínico de celulite infecciosa na perna esquerda, mas foi a perna direita que acabou operada erroneamente.

Bruno Leandro ponderou que, depois, a perna correta foi operada, mas admite que o caso provoca traumas e sequelas graves.

“Nós nos solidarizamos com a criança e com a sua família. Já procurei saber como a paciente estava e ela está em enfermaria, respirando bem, sem dor, sendo bem tratada pela equipe clínica”, disse Bruno Leandro.

Ele lembrou também que o problema aconteceu justamente durante o “Abril Verde”, que é o mês da segurança do paciente. A campanha busca conscientizar as equipes de saúde sobre as boas práticas médicas.

“A meta 4, inclusive, é sobre cirurgia segura, que visa evitar justamente estes erros de bilateralidade”, destacou o presidente do CRM-PB, se referindo a cuidados que se deve ter em cirurgias realizadas em membros ou órgãos que existem em duplicidade no corpo humano, justamente para não se operar o lado errado.

Ele destacou que o caso serve de alerta para a importância de um trabalho de prevenção e educação constantes das equipes de saúde.

Mais cedo, o pai da menina foi até a Central de Flagrantes da Polícia Civil de Campina Grande e registrou um boletim de ocorrência formalizando uma denúncia sobre o caso. Na denúncia, ele diz que “teme que sua filha fique com sequelas, vez que um membro saudável foi cirurgiado de forma errada”.

Investigação também no Ministério Público

 

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) também abriu uma investigação sobre o erro médico. O caso está sendo acompanhado pela promotora de Justiça, Adriana Amorim de Lacerda, que atua na área de defesa dos direitos da saúde, em Campina Grande.

“Diante da gravidade do que foi noticiado, instauramos a Notícia de Fato para requerer que a administração do hospital se manifeste sobre o atendimento e sobre as normas de segurança que devem ser adotadas para todos os pacientes da unidade, justamente para evitar erros dessa natureza. Vamos acompanhar e tomar as providências necessárias”, afirmou.

Por g1 PB

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