Comunidade de Nova Floresta festeja seu Padroeiro São Severino Bispo

A Comunidade Paroquial de Nova Floresta vivencia, com fé e devoção, o novenário em honra a São Severino Bispo, seu padroeiro. E na noite desta quinta-feira, 16 de outubro, fiéis e devotos acolheram o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, que presidiu a celebração do sexto dia da novena, marcada por fé, emoção e participação expressiva do povo de Deus.
Em sua fala, Dom Dulcênio parabenizou a comunidade pela fé viva e pela bonita expressão de devoção que tem marcado todas as noites da festa. O bispo exortou os fiéis a continuarem participando ativamente das celebrações, lembrando que, a exemplo de São Severino Bispo, todos são chamados a viver com esperança e confiança em Deus.
Neste ano, a festa tem como tema “Com São Severino Bispo, fiéis e peregrinos da esperança”, em sintonia com o Ano Santo Jubilar da Esperança, celebrado pela Igreja em 2025. Desde o dia 11 de outubro, a comunidade paroquial vem se reunindo diariamente para celebrar o novenário, preparando-se espiritualmente para o grande dia da festa, 20 de outubro.
O Pároco, Pe. Tadeu Laurentino, agradeceu a presença do bispo e o apoio de todos os paroquianos que têm se empenhado na realização da festa. O encerramento da programação acontecerá na segunda, com alvorada festiva pelas ruas da cidade, repique dos sinos e a missa solene às 17h, coroando com fé e alegria mais uma edição da tradicional festa de São Severino Bispo em Nova Floresta.
Homilia
A homilia de Dom Dulcênio, inspirada na Carta aos Romanos e no Evangelho de Lucas, alertou sobre as injustiças disfarçadas de religiosidade. Muitas tradições e normas, em vez de aproximar de Deus, tornam-se instrumentos de opressão.
“Baseado na Palavra de Deus tirada da Carta de São Paulo aos Romanos e do Evangelho de Lucas, a liturgia chama a tenção para a questão das injustiças, oriundas de procedimentos supostamente religiosos, vem camufladas por normas, leis, tradições, que nada mais são que formas de opressão. Em se tratando de normas religiosas, essas atitudes se revestem de significados mais opressores”, disse inicialmente.
São Paulo ensina que a salvação é dom gratuito de Deus, oferecido a todos em Cristo. A “justiça de Deus” é sua fidelidade à aliança, e não resultado de méritos humanos. Assim, o homem é justificado pela fé e não pelas obras da Lei.
“Paulo define a atuação salvífica divina, com uma linguagem bíblica, “justiça de Deus” (v 21). No Antigo Testamento a justiça significa a fidelidade do Senhor as suas promessas de Aliança. Ela manifestou-se definitivamente em Cristo, por meio do qual Deus instaurou uma possibilidade de relação Consigo (justificação baseada exclusivamente na sua gratuidade: “Todos… são justificados de maneira gratuita pela sua graça” (v 24))”, pregou.
No Evangelho, Jesus denuncia os fariseus e mestres da Lei por seguirem práticas religiosas sem vida, que oprimem e afastam da verdade. Suas palavras expõem a hipocrisia de quem usa a religião para dominar. O convite de Cristo é à conversão e à prática da justiça que nasce do amor e da misericórdia.
“Jesus fala para os fariseus, os mestres da lei e os sumos sacerdotes. Mostra que eles estão presos a tradições e não se preocupam com a prática da justiça, agindo mais por costumes do que por uma fé convicta. Uma prática religiosa nesses moldes se torna opressora e sem sentido, pois em nada transforma a vida. Pelo contrário, perpetua procedimentos que escravizam e diminue a vida das pessoas. Jesus denuncia a dureza dos seus corações e o uso do poder para dominar e oprimir, inclusive o poder da ciência”.
Por fim, Dom Dulcênio chamou cada cristão a ser profeta e apóstolo. Profeta para anunciar a vontade de Deus e denunciar o mal; apóstolo para testemunhar o Evangelho e construir um mundo mais justo e fraterno. Não basta admirar os enviados de Deus — é preciso agir com fé e coragem, tornando-se também instrumento do Reino.
“Caríssimos, gostaria que vocês entendessem: Não basta respeitar e mesmo ajudar a obra dos profetas e dos apóstolos; dê outro passo mais e pense que você seja um desses eleitos por Deus para ser profeta e apóstolo da sua Igreja, para ser enviado por ele a fim de realizar sua obra na Igreja. Profeta para anunciar ao mundo de hoje o futuro Reino de Deus; […] apóstolo que passe pela vida, evangelizando todos os ambientes”, concluiu.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Local