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Casa do escritor José Lins do Rego, na Paraíba, se torna Patrimônio Cultural do Brasil

O Conjunto Arquitetônico Engenho Corredor, casa onde nasceu o escritor José Lins do Rego, localizado em Pilar, na Paraíba, foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nesta terça-feira (16).

A decisão foi tomada por unanimidade durante a 110ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, realizada na sede do Iphan, em Brasília.

O conjunto arquitetônico inclui quatro edificações: a casa sede, recuperada e restaurada; a casa de purgar, a casa de engenho, que está em ruínas; e a senzala, que também foi restaurada. O tombamento também abrange a área de entorno, que inclui parte da várzea do rio Paraíba, conectando o engenho aos modos de transporte fluvial e ferroviário da época.

Segundo o processo de tombamento “a ideia é ter limites físicos visíveis e o limite é a área de várzea do rio. Como o rio faz parte também dessa relação, foi conectado esse engenho com esses modos de transporte, que é o fluvial e o ferroviário”.

O tombamento será registrado no Livro de Tombos Históricos e no Livro de Tombos de Belas Artes.

O que é o Engenho Corredor

 

O Engenho Corredor é um conjunto arquitetônico construído no século XIX, formado por quatro edificações principais: casa sede, casa de purgar, casa de engenho e senzala.

O local foi o ponto de produção e extração de açúcar e é considerado relevante por preservar a memória do ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste.

A casa sede é onde nasceu José Lins do Rego, autor de obras como “Menino de Engenho” e “Fogo Morto”, que retratam a vida no engenho e a sociedade da época.

Hoje, o espaço funciona como museu, oferecendo visitas guiadas e preservando a memória literária e cultural da região.

Quem foi José Lins do Rego

José Lins do Rego nasceu em 1901, em Pilar, na Paraíba, e se tornou um dos escritores mais importantes da literatura brasileira. Suas obras retratam a vida no Nordeste, especialmente o cotidiano dos engenhos de açúcar e a sociedade da época.

Entre seus livros mais conhecidos estão “Menino de Engenho” e “Fogo Morto”, que mostram os desafios e as tradições das famílias envolvidas na produção açucareira.

Ele morreu em 12 de setembro de 1957, no Rio de Janeiro. É patrono da Academia Paraibana de Letras e ocupou a cadeira n.º 25 da Academia Brasileira de Letras.

Por g1 PB
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